terça-feira, 20 de abril de 2010

Morrer é como...

Uma colega do Jornalismo morreu no domingo. Hoje houve um culto ecumênico aqui na UFSC. Por mais que eu já tenha pensado e repensado no assunto morte, isso sempre me choca e me faz refletir. Até já fiz uma matéria, No rastro da morte, tá prá sair num livro do departamento de JOR, da disciplina de redação VII, qualquer dia posto aqui.

Mas é que há dúvidas que serão eternamente dúvidas. E há respostas que sempre vão te surpreender. Às vezes é a mesma resposta que você ouve mais de uma vez e sempre te surpreende. Como é morrer? Porque se morre? Porque os vivos sempre ficam chocados com a morte, apesar dela ser a conclusão final da vida?

Porquês e porquês sem fim. Na verdade eu já parei de tentar achar um porquê toda vez que me deparo com a morte. Parece que a morte não tem mesmo motivo prá acontecer. Acontece e pronto. Você está vivo e dali há pouco, PUM, morre.

Aí é só viver. Porque quem vive com a morte nos calcanhares, dá mais valor à vida, diz o poeta. Ali, embaixo:

"... já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca mesmo o sempre passo
morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma
morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma"


(Paulo Leminski)

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