segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rapidinhas#04

- "O jornalista tem que ler os poetas. Os poetas são a antena da raça. As coisas que passam acima da mediocridade, só os poetas percebem". (José Hamilton Ribeiro)

- "O jornalista só existe para mudar o mundo, para melhorar o mundo. Se não pensar assim, ele não existe" (José Hamilton Ribeiro, 76 anos, repórter. E vem me falar que ideologia é coisa de jovem ingênuo.)

- Não existe ingenuidade na ideologia. O que existe é ignorância no preconceito e no julgamento das ideologias.
- Definitivamente. Essa é uma palavra engraçada da qual falo mais tarde.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jupem, nóis na TV

O Jupem, prá quem não conhece, é o Grupo Folclórico Polonês de Erechim, no Rio Grande do Sul. Um grupo que marcou minha adolescência e me fez crescer, pela intensidade, pelos grandes espetáculos, mas principalmente pelas pessoas grandiosas com as quais convivi no grupo. Um grupo cativante que une e reúne as pessoas, e uma vez que você se torna jupeniano, segue sendo jupeniano por toda vida.

Hoje, recebi um recado do Facebook de um amigo querido que é diretor artístico do grupo. Era o link de uma reportagem feita sobre o grupo para o programa Bom Dia Rio Grande. E qual não foi minha surpresa ao me reconhecer nas imagens editadas de espetáculos antigos? Aliás, não só eu, mas minha irmã e outros amigos queridos que compartilharam momentos maravilhosos.

Kochajmy sie!

Confere aí:

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Idosos mais jovens que muito jovem

Maria Lango é uma jovem senhora de 91 anos. Muito mais jovem que muita gente de 19, 20, que conheço. Sabe tirar o melhor da vida e o tempo a ela só acrescenta mais prazer em viver. Ouço muita gente de 19, 20, cheia de preconceitos, julgando as pessoas pela idade, achando que nunca vão envelhecer, ou que sua vida está destinada a ser perfeita.

Bem, essa gente talvez não viva até a idade da Maria Lango, porque não estão impregnados de vida como ela. E agora mesmo, com 19, 20, estão semi-mortos. Pois quem vive julgando os outros esquece de viver a própria vida.

Ontem, na palestra do José Hamilton Ribeiro, o Zé Hamilton, jornalista dos mais brilhantes (vale um google), vi num senhor de 76 anos o brilho nos olhos de quem já viveu muito, mas quer viver muito mais.

E quando perguntei se ele faria cobertura de guerra outra vez, ele ficou pensando e disse:
- Olha, eu não poderia pela limitação física (ele perdeu uma perna ao pisar numa mina cobrindo a guerra do Vietnã), mas se pudesse, se houvesse tipo um jet ski voador, iria sim! Essa é a alma do repórter!

Vejam só a matéria de Juliana Vines, foto de Eduardo Knapp/Folhapress, publicada na Folha de S. Paulo, em 13/09/2011:

Meu tempo não é aquele tempo que passou, meu tempo é hoje
A estudante Maria Lango na sala de aula da Universidade Metodista


"Sempre fui alegre e otimista, mesmo com as dificuldades. Já tive épocas mais tristes, sim. Todos temos fases de grama murchinha.

Em 82, perdi meu marido e percebi o quanto faz falta uma companhia. Tive que reaprender a ficar sozinha e a procurar a companhia de pessoas, mas sem atrapalhar. Sou feliz. Só posso ser feliz. Tenho apoio da família em todos os sentidos e posso ir aonde eu quero e posso.

A maturidade faz com que a gente entenda melhor a vida e aprenda a se comunicar melhor com as pessoas, com mais gentileza. Você se dá conta de que aprende o tempo todo e que nem sempre pode fazer o que quer.

Minha saúde é boa, tirando a ferrugem. Muitas dores existem, nem todas têm remédio. Não estou sempre de bom humor, mas a maioria das vezes, sim.

A época vai mudando e temos que nos adaptar. Meu tempo não é aquele que passou, meu tempo é hoje, eu tenho o hoje. Tenho planos. Quero estar sempre de bem com a minha família e continuar convivendo com outras pessoas para aprender novos assuntos.

Voltei a estudar em 2000. Faço cursos na universidade da terceira idade. As terças e quintas, quando tenho aulas, são esperadas. Estudo direitos da terceira idade, mídias digitais e teatro. Gosto de todas as aulas."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rapidinhas#03

- É mais fácil concordar com as regras sociais. Mas isso não significa que você vai ser feliz.

- Jogar fora as regras convenientes da sociedade exige coragem. Isso também não significa que você vai ser feliz. Mas, pelo menos você deu um passo além do comodismo.

- Quando você tem um livro chato e um livro legal prá ler, provavelmente vai ler o legal, mesmo que o chato seja obrigatório para aquele seminário.

- Se você realmente ler o livro chato, vai ler em cima da hora (leitura dinâmica) e vai demorar cinco vezes mais que o tempo de leitura do livro legal.

- Ler é bom. Mas, você não vai entender essa frase enquanto não encontrar livros bons. Esse negócio de ler "até bula de remédio" é mentira feia.

- Ter uma prateleira cheia de livros não é sinônimo de sabedoria. Maior sabedoria é ler livros sem precisar comprá-los. Apesar disso uma prateleira cheia de livros enche os olhos (de lágrimas de emoção!)

- Cheiro de livro novo para quem gosta de ler tem o mesmo efeito que o cheiro da pessoa amada, de acordo com pesquisadores da Universidade de Ueltsin, no Reino Unido.

- Essa última frase acima é mentira. Mas cheiro de livro novo é muito bom!