quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quarta-feira

~Despertei decidida a não ir à aula. Deu certo! Não teve aula e a professora não havia avisado. Pelo menos uma coisa boa essa semana. Não tô animada com esse novo trabalho. Sinto falta de trabalhar na Sala Verde, onde eu trabalhava muito mas me sentia feliz com o que eu fazia. Que diferença faz trabalhar menos ou ganhar mais se você não é feliz?

Bom, por enquanto é um desafio, mas a partir do momento que deixar de ser, caio fora, não devo nada a ninguém.

O que eu mais gostava na Sala Verde era que as pessoas faziam acontecer, realizavam, ao invés de ficar teorizando em suas pesquisas intermináveis e excessivamente acadêmicas - no sentido de serem burocráticas e não práticas - que nem contribuem para a prática, nem para o ensino. Isso porque os professores estão preocupados só em aumentar seu currículo Lattes e se esquecem que a função do professor é de dar aula e não se atualizam, nem se qualificam para dar aulas.

Essa falácia toda me cansa.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Servidores técnicos X Bolsistas

O problema não é novo e não existe só na UFSC. Muitos monitores-bolsistas desempenham as funções de um técnico concursado, às vezes tem a mesma carga horária e até mais responsabilidades que muitos técnicos. E recebem menos que um salário-mínimo, não tem benefícios, nem carteira assinada, tem de prestar contas de tudo o que faz e muitas vezes é exigido além de sua qualificação.

Quando eu trabalhava no Projeto Sala Verde tinha uma carga horária de 20 horas semanais, assim como os outros sete monitores, mas muitas vezes trabalhávamos bem mais que isso enquanto víamos técnicos chegando com horas de atraso, saindo com horas de antescedência, tirando licenças e mais licenças enquanto a gente tinha que barganhar uma semana de férias para passar com a família, enfim, trabalho que é bom nada.

Não acho ruim, porque aprendi muito mais na Sala Verde que em qualquer outro lugar que já trabalhei e nossas funções lá eram sempre dentro de nossas áreas de conhecimento, uma extensão de saberes, realmente. Fora que a gente podia ser protagonista, tinha contato com pessoas interessantes e podia fazer muitas coisas construtivas.

O que achava e ainda acho injusto é que com essa disparidade, os funcionários concursados achem que trabalhar oito horas diárias é muito. O sindicato está encabeçando uma luta para que se reduza a jornada para seis horas. São 30 horas semanais, com o mesmo salário. E nós que chegávamos a trabalhar esse mesmo tanto sem receber nem hora extra e nem sequer um salário mínimo, não podemos nem reclamar, porque afinal, as bolsas são 'benefícios'.

Também sei que tem muito bolsista picareta que só preenche a vaga e não trabalha nada. E mesmo entre as bolsas há diferença de carga horária. Agora eu estou em uma de 12 horas semanais, recebendo o mesmo tanto que recebia na Sala Verde. Só que agora tenho que cumprir funções que estão mais para um serviço de técnico que de um monitor de Jornalismo.

Não acho ruim novamente, porque é interessante para mim trabalhar com Flash e vou aprender mais se precisar dar aulas, só que dar aulas de flash não seria uma função técnica ou obrigação do professor? Mesmo porque requer um conhecimento que não possuo, uma vez que só aprendi o que precisava para meus trabalhos finais. Se querem um técnico porque não contratam um técnico?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Volta ao RU

Hoje fui almoçar no RU, Restaurante Universitário, pela primeira vez desde que voltei. Tava com saudade do feijão com arroz e agora tem até novidade: suquinho na máquina! Dá prá escolher o sabor e tomar o quanto quiser. E o bom é o precinho camarada pro universitário ferrado, continua R$1,50. Lá na Universidad de Santiago a gente não pagava porque era bolsista, mas para o estudante não-bolsista o valor era de $1500 chilenos (R$6). No Brasil, a gente come bem...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que há por trás da gripe suína



Documentário argentino. Paulada.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

E a Porcina continua...


Do The Clinic, meu periódico chileno favorito.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Produción na Usach

Resolvi botar essas fotos aqui. É do último programa que apresentei com a turma de Produción para televisión na Usach. O programa era o Made in Chile.

Observem que Uma Foca está muito a vontade na mesa de luz ali do lado. Minha função era a iluminação, inclusive para o "show" no final. Na Usach também faltavam técnicos e os alunos tinham que aprender a lidar com tudo para botar o programa no ar.

Na UFSC, temos os técnicos no estúdio de TV, que fazem a luz e o som, assim nos preocupamos mais com o conteúdo.

domingo, 9 de agosto de 2009

Mudanças

Depois de cinco meses fora, algumas coisas permanecem exatamente do jeito que você deixou, outras mudaram, algumas muito. Preparei uma listinha das coisas que mudaram, algumas afetam só a mim, outras afetam mais gente. A ver.

- Derrubaram o ´muro de Berlin´. Era uma parede que separava o curso de Jornalismo dos outros cursos do CCE na UFSC. Até então estávamos isolados e só se podia entrar e sair do curso por uma porta. Foi uma decisão da chefia do CCE e a chefia do Jornalismo não gostou porque o controle fica mais difícil e o curso tem equipamentos caros para cuidar.

- Quando fui pro Chile minha irmã estava grávida, agora ela é mãe. Isso muda muita coisa!

- As paredes do meu quarto estão brancas. Antes eram metade rosa (argh), metade bege. Nem preciso dizer que ficou melhor assim.

- A antiga república agora virou casa de família. Agora moro com minhas irmãs, Lu e Má, o Rafa, marido da Lu, e meu sobrinho Ernesto de três meses.

- Minha velha cama comprada num brik, logo que eu mudei prá Floripa, deu lugar a uma cama box. Tô chique até prá dormir!

- Minha cachorra Nininha morreu e agora, a Soninha, sua irmã e parceira desde que eram zigotos dentro da mamãe parece estar ficando doida. Quase não me reconheceu quando cheguei.

-As duas cachorras de minha tia vão embora. Agora serão só duas cachorras problemáticas e um gato. Minha mãe já pensa em mudar prá uma casa menor.

- A Sala Verde tá diferente, a Clarice passou num concurso e foi prá Porto Alegre e eu não sei onde vou trabalhar agora.

- Tô tendo que me virar sem meu computador até resolver o caso da mochila extraviada em Uyuni. O computador tá comigo, mas a fonte de alimentação tá lá na mochilinha da Usach.

- O Restaurante Universitário foi alvo de protestos liderados pelo DCE e está melhorando o cardápio com boas chances de incluir opções vegetarianas até o ano que vem. Só porque eu tô saindo...

- O UFSCão mais famoso, Catatau, morreu. Ele tinha até uma coluna no Canudo, o jornal do DCE. O movimento estudantil fica mais triste sem ele.

- A pizzaria que era referência de onde moro em Floripa mudou de nome! De Chico Toucinho para Chico Trindade. Ainda não sei o motivo. Mas, talvez o dono tenha se desiludido com o Francis Bacon...

- Sinto falta do wireless e da água quente na torneira da cozinha. Essa mordomias só no El Punto.

- Uma Foca sente falta da agitação da galera do El Punto. Eu também, disse a ela, mas ela não me ouve mais, só fica cantando: Hago este llamado para que tu vuelvas...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Feliz!!!

Eu pensei que fosse estranhar mais as coisas na volta à ' vida real'. Que fosse achar entediante, chato, monótono, mas não. Tô feliz.

Feliz de andar na rua sem que fiquem me olhando como um animal de zoológico, feliz de encontrar papel higiênico no banheiro da universidade, feliz de poder tocar os livros na estante da biblioteca, feliz de respirar ar puro e fresco do litoral, feliz de entender tudo o que me dizem, feliz de me sentir mais um na multidão. Nunca pensei que fosse ser tão feliz por essas coisas tão simples!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

De volta à rotina: primeiro dia de aula na UFSC

Hoje à tarde tive minha primeira aula: Jornal Laboratório Zero, com o professor Jorge Ijuim. A disciplina é pesada, temos que produzir quatro edições do jornal em quatro meses fazendo de tudo, reportagem, edição, editoração e diagramação. De quebra a distribuição também, porque isso nunca é levado em consideração pelo edital de contratação da gráfica que imprime o jornal, então sobra para quem quer ajudar.

Depois da aula passeei pela UFSC, revendo meus lugares favoritos e redescobrindo mudanças em outros. A biblioteca com os livros ali à disposição de dedos curiosos, coisa que na Universidad de Santiago é simplesmente impossível. Os jardins e as praças amplas em frente ao CCE, o departamento de Jornalismo, com os colegas, os professores, as paredes brancas e os barracos de sempre.

Estar de volta é muito bom!

sábado, 1 de agosto de 2009

Uyuni, terceiro dia em meio ao salar


Ao lado Uma Foca na ilha de Incahuasi, 'morada inca', bem no meio do salar de Uyuni.

Como é bom estar em casa

Passei a madrugada esperando o voo de Campo Grande a Florianópolis que saiu às 3h50, com conexão em São Paulo. Às 8h20 cheguei em Floripa e vocês sabem, sou uma manteiga derretida e chorei feito um bebê quando vi se aproximar essa ilha que tanto quero. Ainda restava uma preocupação com a mochila despachada, principalmente depois de extraviarem minha mochilinha da Usach em Uyuni.

Para meu alívio foi a terceira bagagem a surgir na esteira e acho que os despachadores de bagagem tiveram dó dela porque veio embaladinha num plástico. Encontrei minha família, mi amor, mas ainda não meu cães porque na segunda já volto prá rotina e não dá tempo de ir a Imbituba. Já matei a saudade da comida de minha mãe, feijão, mandioca, farofa, tudo tem gostinho de casa, mas parece que falta alguma coisa.

Hoje vi no Facebook que muitos da Família El Punto ya estão em casa. Saudades, mesmo. A bandeira chilena llena de firmas está já em um lugar especial na casa, para que sempre recuerde los buenos momentos.