quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Folha e suas análises pseudo-culturais

A Folha de S. Paulo publicou hoje uma matéria na Folha Ilustrada sobre o reggaeton. O repórter Silas Martí escreveu de Nova York sobre o reggaeton latino que terá shows no Brasil. Boa coisa não ía ser, né? A começar pelo título. Confira a matéria na íntegra:

Escracho latino

Gênero que conquistou o continente americano, reggaeton chega com força aos Grammy, vira tema de livros e terá shows no Brasil

Na música que fez explodir o reggaeton, garotas pediam gasolina. E ele dava. Cinco anos após "Gasolina", de Daddy Yankee, o estilo surgido nos quintais de Porto Rico chega ao "mainstream" de tanque cheio.

Vieram na esteira Calle 13, Wisin y Yandel e outros nomes que desmentem a cada dia a morte do estilo, mistura de reggae com gêneros latinos -cumbia, tango, entre outros- e rap.

René Pérez e Eduardo Cabra, ou Residente e Visitante, do Calle 13, acabam de vencer cinco troféus no Grammy Latino, entre eles melhor disco, "Los de Atrás Vienen Conmigo", agora indicado como melhor álbum de música urbana no Grammy mundial, que ocorre no fim do mês. Dá para entender melhor isso digitando nomes das canções "No Hay Nadie Como Tu" e, clássico deles, "Se Vale Toto", no YouTube.

Disputam o prêmio com Wisin y Yandel, do hit "Abusadora", outra dupla que despontou nas cinzas prematuras do reggaeton, e que fará os primeiros shows no país neste ano. Chega tarde, já que nas baladas descoladas e também nos camelôs e rádios dos taxistas em Caracas, Buenos Aires, Bogotá, Cidade do México e Nova York, rola solta há tempos essa música que mistura testosterona, ativismo político e mulheres chacoalhando frenéticas. "É mais do que um ritmo", diz Residente, do Calle 13. "Acaba sendo um conceito, algo capaz de representar a festa."

Nessa celebração, garotos com cordões de ouro e carros importados se engraçam para um coro de garotas -o macho afirma, elas confirmam. Na estrutura clássica do reggaeton, canções falam de sexo e pedem uma dança chamada "perreo".

"Tem gente que assume uma pose feminista sem entender", diz Residente. "Temos quatro irmãs, então não temos esse lado machista, é só um conceito", acrescenta o irmão Visitante.
"É tão machista quanto a salsa, mas o reggaeton se permite ser mais vulgar", diz Raquel Rivera, autora do primeiro livro sobre o estilo, que se encontrou com a reportagem num café do East Harlem, em Nova York.

Umas 60 quadras abaixo dali, a rádio La Kalle irradia os versos reggaetoneros por Manhattan e tem pares espalhados pelo mundo. "A indústria musical viu que isso poderia ser uma mina de ouro", conta Rivera.

É dinheiro que financia também posições políticas. Além de "chupar o umbigo" de garotas "que abrem Heineken com a boca", o Calle 13 defende a independência da ilha onde nasceram. "Posso viver de música na cena internacional, então falo o que quero em Porto Rico", diz Residente. "Lá tem os que preferem a bandeira gringa e os que querem ser Estado, os 5% que eu represento -é um sacrifício que eu escolho fazer."

"Querido FBI", manifesto político da dupla, chegou a embalar até comícios na ilha, Estado associado aos Estados Unidos. "Corazones", de Daddy Yankee, fala da violência e de problemas de saúde em Porto Rico -o cantor, com uma bala alojada na perna desde jovem, também faz campanha.

Mas importa mais dividir o palco com Beyoncé e Lady Gaga, como já fizeram Wisin y Yandel. Turbinaram a mina de ouro do reggaeton e elevaram o "spanglish" à última potência.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O novo presidente do Chile é Piñera

O direitista Sebastián Piñera está confirmado oficialmente como presidente eleito do Chile, ao obter 51,6% dos votos válidos deste domingo, contra 48,4% de seu adversário governista, o ex-mandatário Eduardo Frei, segundo o resultado oficial de 99% dos votos apurados.

Esse resultado foi anunciado pelo subsecretário do Interior, Patricio Rosende. Pouco antes, o candidato Frei já havia reconhecido a sua derrota e a presidenta Michelle Bachelet havia ligado para Piñera para felicitá-lo.

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UF: Eu torcia para o Frei. Piñera é Pinochetista convertido, ou seja, mudou de lado só prá ganhar mais votos. Duas caras, eu diria.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Enríquez-Ominami anuncia apoio a Frei no segundo turno

Ex-candidato independente à Presidência do Chile votará no aspirante da coalizão governante Concertação
O ex-candidato independente à Presidência do Chile, Marco Enríquez-Ominami anunciou nesta quarta, 13, que no próximo domingo votará pelo aspirante da coalizão governante Concertação, o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle.

"Declaro formalmente minha decisão de apoiar o candidato deste povo e de 29% dos chilenos que votaram em 13 de dezembro", disse em alusão à porcentagem obtida no primeiro turno pelo senador Frei. Piñera, da Coalizão pela Mudança, obteve 44%, o que significa uma diferença de 14% entre Frei e Piñera.

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Terremoto no Haiti

Bom, quem é ligado nas notícias já está sabendo da destruição e mortes causadas pelo terremoto no Haiti. Fico pensando que carma tem aquele país para sofrer tanto. O que me deixou triste, apesar de tudo foi saber da morte da médica Zilda Arns. Uma pessoa que não se restringiu a sua profissão. Podia ser uma senhora tranquila e caseira mas foi lá e fez a diferença. Merecia o Nobel da Paz muito mais que Obama e com certeza mais que muitos que já o receberam.

Mas prêmios não poderiam medir sua capacidade. É uma perda irreparável. E fico revoltada de ver gente como o Arruda, Sarney, que recebem votos de cidadãos para trabalhar pelo bem público e só pensam no próprio umbigo. E acabam ganhando mais manchetes por suas falcatruas vergonhosas que pessoas como Zilda Arns com seu trabalho de imensa solidariedade e humanidade.

Espero que seu exemplo continue vivendo e que tire os acomodados de sua passividade.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ano novo

2010. Outra década. Toda a família Frandoloso se reuniu aqui em Imbituba para passar o reveillón. Vieram em uma vã, daquelas maiores e a tia Dite de carro com o tio Henrique e a Sofia. Hoje cedinho todos foram de volta a Erechim e a Frida foi com eles. A Frida é filha da Nina e irmã do Fritz e ela morava aqui, um dos seis cães que vieram de Botucatu para Imbituba com a gente. Ela e a Nina são as cachorras da tia Dite, depois que a Nina se foi, a tia ficou aflita para levar a Frida. Perder um serzinho querido assim de longe não é fácil.

Agora são só duas cachorras, a Soninha e a Laila. A casa ficou calada depois que a família partiu. E mais calada ainda quando eu olho pela janela do meu quarto e não vejo mais minhas seis crianças sapecas. Hoje já volto a Floripa, problemas da República a resolver, mas pretendo voltar logo, ainda essa semana talvez. Gostaria de ficar bem longe daquele trânsito e calor infernal, pelo menos no verão.

Ontem fomos nas dunas da Ribanceira e brincamos na praia logo em frente às dunas. Gosto daquela praia e quero começar a surfar lá, que forma ondas melhores que na Vila Nova. A Vila ultimamente tem tido mar muito mexido, bravo, perigoso. Dá praia, mas cada vez menos surfista.

Isso aí, 2010! Logo mando noticia do Marco e cia. que estão de pedal pela Argentina.