sábado, 26 de setembro de 2009

Uma parte da nossa grande família

Saudade desse povo...
Família El Punto!!!

Malhando o pau

O pessoal do JorUFSC malhou pau na entrevista que o DC fez com o jornalista Cassiano Machado, convidado da Semana do Jornalismo na mesa de jornalismo-literário. De cara dois erros indefensáveis:

Primeiro: Cassiano não é formado em Ciências Sociais, ele corrigiu isso durante a mesa na segunda-feira, o que prova que a repórter, já experiente no DC, nem sequer acompanhou a discussão ou mesmo confirmou a bio com o entrevistado.
Segundo erro: A apresentação do entrevistado na matéria foi copiada da assessoria da Semana do Jornalismo sem os devidos créditos.

Coisa feia, tsc, tsc...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A suuuper VIII Semana do Jornalismo UFSC

Só coisa boa, quem não aproveitou perdeu. Se der sorte pode ser que haja alguma coisa armazenada no acervo do Estúdio de Videoconferência que transmitiu a Semana toda ao vivo pela internet.

Parabéns à organização, tudo funcionando muito bem, convidados muito bons, cartas na manga para resolver os pepinos. E vou dizer prá quem ainda não sabe, há oito anos a Semana é organizada sempre por estudantes de Jornalismo da UFSC, nossos nobres colegas. Não tem segredo nem ajuda de professores ou QIs, é só trabalho e insistência. Isso aí pessoal, suuuper!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Brasil não é mais terra da bunda

O povo reclamou e a propaganda da Havaianas na qual a velhinha fala em sexo foi tirada da TV. O professor Nilson Lage twittou que o Brasil tá ficando puritano. É o que parece. Estamos ficando sem graça igual os europeus e perdendo nossa latinidade.

Prá quem quer rever a propaganda, taí:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Semana do Jornalismo - conclusões até agora

Até agora a conclusão que se chega ao ouvir os convidados e as mesas de discussão é que o Jornalismo é péssimo e tá tudo indo muito mal, a grande mídia é malvada e a mídia alternativa é pobre e por isso não dá conta do recado mas é boazinha. Ora, não gosto de maniqueísmo e prá mim o que falta é os jornalistas da `mídia alternativa`, tentarem fazer algo que não seja reclamar.

Porque eles não tentam entrar na grande mídia para melhorar algo? Nem que seja prá chutar o balde mas, pelo menos, que deixem de ser demagogos. Ou isso é impossível? Se ninguém me convencer do contrário, vou achar que aquilo que ouço pelo curso tem sentido também nesse caso: Quem muito fala, pouco sabe fazer. Ou na verdade não querem fazer porque não tem coragem.

Porque aí não adianta vim dizer que não entra na grande mídia prá `não se vender ao capital`. Que essa história já cansou. Mesmo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Narrativas do Fato, mesa de livro-reportagem

Estou acompanhando a mesa de discussão Narrativas do fato: crescimento do mercado de livros-reportagem, com Klester Cavalcanti, Sérgio Vilas Boas e Cassiano Machado, que começou às 17h30 no auditório do CCE. É a VIII Semana do Jornalismo, gente! Transmissão online pelo site da Semana.

Destaques:


- Sérgio Villas Boas

As tendências atuais de consumo de livros estão para a não ficção. As pessoas estão percebendo o quanto é insuportável a quantidade de coisa irreal que se publica, de ficção, por isso se agarram em coisas reais.

- Minha pergunta para o Sérgio: A que você atribui essa busca do público por publicações mais realistas ao invés da ficção?
Só posso estimar que acho que hoje em dia tá muito difícil a gente ser a gente mesmo, há uma homogeneização de consumo, de cultura. Se incentiva o consumo mais do que você pode consumir. É muito mais difícil achar gente que diga: Chute o balde. A ficção deixou de ter apelo forte, porque as pessoas estão procurando o que explique o real.

O Brasil ainda está ruim no quesito livro de viagem. Falta aquela forma antropológica, cultural de se descrever os lugares.

Para se fazer bom jornalismo literário:
1. É preciso selecionar os personagens que tem conteúdo. Pessoas que pensam e agem diferente da multidão. Elas precisam ter uma atitude diferente em relação às outras pessoas.
2. Tem de ter um senso de síntese. Não há espaço ilimitado para escrever nem mesmo no jornalismo literário.
3. Valorizar sua presença em campo. Se você está em campo, tem de ter diferencial. Sua matéria não pode ser como se fosse feita por telefone. O tratamento literário dá prá se trabalhar, mas a falta de boa apuração em campo não dá prá trabalhar.


-
Klester Cavalcanti
Eu tenho uma tendência a não me acomodar, quando vejo que tá bom demais, eu procuro mudar.
Um trabalho prá ter esse carimbo de livro-reportagem tem que ter nomes reais e datas. Se o leitor não puder, ele próprio, checar o conteúdo do livro, prá mim não vale. É uma negociação dura com os entrevistados. (Klester escreveu o livro O nome da morte, sobre a vida de um assassino profissional que em 35 anos de carreira matou 493 pessoas)
Citando Garcia-Márquez: "A boa reportagem coloca o leitor no local dos fatos". Tem de ser tudo muito bem checado e apurado, nem um grau fora da verdade.

Não fui parcial ao escrever o livro (O nome da morte), eu botei tudo como era, a frieza dos assassinatos e o assassino como pessoa, homem de família. As pessoas se confundem ao ver que o assassino também tem sentimentos, chora, reza, o Júlio Santana matava friamente, mas ele se sentia um instrumento. Se não fosse ele seria outro pistoleito.

Dica para os iniciantes: Ler coisa boa. Como tudo na vida, você só consegue escrever bem se for um bom leitor. Se você não tem curiosidade em saber como é o outro, o que ele sente, não dá.

Klester chutou o balde: Kapuszinski é picareta. Seu livro, O Império, que é considerado referência em livro-reportagem, tem coisa inventada, é mal escrito. Mas, como ele vem de fora, todo mundo acha bom.


- Cassiano Machado
No mercado editorial, um dos fatores positivos para a publicação de livros-reportagem aconteceu em 2002 quando a Cia das Letras lançou uma série. Outro fator foi a criação da Academia Brasileira de Jornalismo Literário e a fundação da revista Piauí em outubro de 2006. Eu sinto que o livro-reportagem, em geral, são muito pouco inventivos.

Os temas são repetitivos. Interessa mais como a pessoa contou a história, não o tema. Ele cita O livro amarelo do terminal de Vanessa Bárbara, e Santo sujo de Nélson Werneck, como exemplos de bom livro.

As pessoas acabam trabalhando mais por paixão que por dinheiro porque nosso mercado não tem capacidade de bancar esse tipo de jornalismo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Semana do Jornalismo UFSC

Próxima semana é só Jornalismo aqui na UFSC. É a nossa VIII Semana do Jornalismo. Acreditem, organizada pelos alunos. Nesse ano temos a Revista da Semana, mini-cursos, palestras, mesas de discussão e tudo recheado de convidados legais. E é claro o tradicional Churrasco do Dalton, com opção vegan! Mais info no site da Semana.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Zero na área

Saiu a primeira edição do nosso Zero - o jornal-laboratório. Nas bancas para quem puder alcançar um, hehe.

O Universo Bizarro cumple seis anos hoje! Seis anos de um tempo tão legal!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pauta sem retranca

Retranca no jargão jornalístico é um gancho que prende uma matéria à atualidade. Pauta é aquilo que vem antes da matéria, ou seja, organiza as idéias, sugere fontes, dá um resumo do que o repórter precisa desenvolver na matéria.

A rigor, toda pauta, tem de ter retranca. Mas, como volta e meia somos um ultraje ao rigor (trocadalho do carilho!), volta e meia sai uma pauta sem retranca. Não que elas não existam. Existem sim nas revistas especializadas, grandes reportagens, publicações ou produtos de fundo informativo mais frio (quer dizer não muito atual). Mas num jornal a retranca é sempre exigida.

No Zero não é diferente. A gente até tenta passar umas pautas desretrancadas mas aí o repórter reclama. Como é que sai um lead sem retranca? Só o Scotto - professor - prá salvar. Isso me leva a pensar como a gente é refém do retranquismo. Quer dizer que se algum dia eu não tiver uma retranca e quiser escrever mesmo assim, vou estar pisando num terreno pantanoso, no qual não domino meu texto?

Seria assim se eu levasse muito a sério meus professores, ou, a maioria deles. Eu os respeito muito, mas não dá prá confiar em todo mundo. Meu critério para uma pauta não é se tem ou não retranca e sim se outras pessoas gostariam de ler. Tem coisas muito interessantes que acabam perdendo lugar para fatos idiotas simplesmente porque não tem retranca.

E assim não adianta reclamar que as pessoas não lêem mais porque são ignorantes e preguiçosas. Com essa quantidade de leitura ruim que um jornal proporciona, que vai culpá-las?

sábado, 12 de setembro de 2009

Novelas e nossa brasilidade

A novela Caminho da Índias marcou minha estadia no Chile. Eu gostava um pouco da novela antes de ir para Santiago, mas lá o sentimento de pertencimento que a novela dava amenizava a saudade da terrinha. Tinha vezes que a TV da sala era disputada a tapa para que pudéssemos ver a novela no horário da Globo Internacional.

Tem muita gente que reclama das novelas da Globo, mas a qualidade não tem comparação. As novelas chilenas nem podem ser comparadas de tão ruins. O povo de lá sabe e elogia muito as nossas produções. Os chilenos sempre elogiam o fato de as novelas brasileiras sempre tratarem de assuntos de interesse público, lidam com informações reais para desmistificar tabus e informam a população em verdadeiras campanhas, como a luta antimanicomial, defesa do estatuto do idoso, direito dos homossexuais, entre muitos outros.

Além disso a qualidade técnica das produções é de alto nível. Os atores tem melhor preparação, as equipes são mais profissionais.

Eu já disse aqui que a gente aprende muito sobre o lugar de onde veio quando vai viver em outro lugar. Eu aprendi a dar valor até mesmo para nossa novelas, que apesar de tudo, são boas sim e prova disso é que são produto de exportação para todo o mundo. Brasil não é fraco!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Musiquinha vasca

Bom, para relembrar, aí vai a musiquinha que a Aitziber me ensinou:

Oso ongi egiten duzulako
Mugitu besoak olatuak bezala
Xuabe-xuabe xu-xu-xuabe
Eh! Aitziber! Hasi datzatzen!

Abaixo tem um vídeo, não é nosso mas dá prá aprender a musiquinha.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Agora com Twiter!

Prá que serve? Ainda não sei, a ver...
Tá nesse endereço: twitter.com/jfrandalozo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Zeroooo!!!!

Na reta final para fechar o Zero (sem brincadeiras!), nosso jornal laboratório aqui do JOR-UFSC, a Ligia, uma das monitoras, me disse que se percebe de longe qual é o meu texto no meio de todos os outros. Ora porque? Porque tenho estilo de blog até escrevendo pro jornal, ela disse.

Não sei se isso é bom, ruim ou bizarro - afinal o UniB tá completando seis anos no dia 17 de setembro (preparem-se para a festa!!!) -, mas fiquei um pouco preocupada e um pouco feliz. Feliz porque aparentemente meu texto não está tão travado pelas técnicas jornalísticas e nisso as aulas do professor Scotto estão ajudando. Preocupada porque a matéria fica meio parecida com um artigo e isso soa estranho em um jornal.

Por outro lado, o Zero não é um jornal convencional. É mensal e com textos grandes, não necessariamente factuais. Isso quer dizer que se o texto rolar mais solto fica mais agradável prá ler, óbvio. Não é aquela coisa toda dura - da 'teoria do duro e mole' do professor Scotto - que caracteriza o miolo de um jornal convencional.

Para o duro ou para o mole, sigo estudando e em sérias dúvidas sobre se adio meu projeto e, consequentemente, meu TCC, para o próximo semestre. O que vocês acham? Me formo no inverno congelante ou no verão escaldante de Florianópolis?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

El país más grande del mundo

No Chile ouvíamos sempre essa frase, dita num tom irônico. "Eres del país más grande del mundo?" Sem entender muito bem´, perguntei a Belén, mi hermana porque diziam isso. "É que o Brasil é mesmo grande", ela disse. Desconfiei porque ela disse isso e desconversou, acho que não queria contar a origem da broma.

Resolvi perguntar a outras pessoas e procurar na web alguma explicação. Ora o Brasil é um país grande mas não é o maior do mundo. Encontrei algumas que contavam de uma entrevista de Pelé, na qual ele dizia que "o Brasil era o país com o “estádio más grande del mundo” e não sei o quê “más grande del mundo” e aquilo outro “más grande del mundo”. [+]

A partir de então toda latinoamérica de habla espanhola sacaneia os brasileiros soltando a ironia: “Brasil, país más grande del mundo!

Para completar encontrei um multimídia do Clarin.com: Brasil petrolero. E adivinha o subtítulo? "O país mais grande do mundo", em português mesmo, ou melhor, castelhanês.

E a gente aqui nem desconfia que somos el país más grande. Não falei que o Brasil é o país menos latinoamericano da Latinoamérica?