sábado, 15 de janeiro de 2011

Liberdade ou notoriedade?

Há momentos da vida em que surgem questões estranhas que você nunca havia tido a necessidade de questionar. E você pára (f@d#se nova regra!), olha e escuta e se pergunta: O que eu quero prá minha vida?

Houve um tempo em que eu pensava que depois de uma certa idade eu ía cansar dessa vida nômade e querer sossego, uma casa, uma família e um emprego fixo. Talvez esse seja um tempo ainda muuuito distante, mas há anos atrás eu pensava que seria depois de terminar a faculdade.

Acabou, defendi meu TCC com mérito e cá estou com uma vontade louca de ganhar o mundo e uma coceira incessante nos pés (e não é micose!). Isso que tenho emprego, moro num lugar onde as pessoas passam férias com um aluguel baratinho (#decausarinveja) e perto da minha família. Faço o que gosto, amo o que faço e quero fazer mais.

Mas mesmo assim a vontade não passa e a coceira aumenta a cada dia, debaixo daquelas botas que se aventuraram comigo por tantos lugares legais. E nem se trata de ir morar em outro lugar, ter um emprego melhor e mais divertido.

Trata-se de liberdade.

E como falar de liberdade, se "não há ninguém que explique, nem ninguém que não entenda"? (Cecília Meireles) A liberdade se sente em pequenas e grandes ações. É tomar um sorvete prá quem está de dieta ou decidir viajar agora.

Mas há os revezes da liberdade. Quando você ama a liberdade, corre o risco de perder os sonhos mais triviais, uma casa, um carro, uma família, um emprego estável, notoriedade na sua profissão. E depois de terminar a faculdade, seu gás se volta para sua profissão e essa questão se torna mais e mais opressora: Liberdade ou notoriedade?

Sinceramente não sei. Enquanto isso, vivo e deixo viver.

2 comentários:

Kelvim Vargas Inácio disse...

Primeiramente, gostaria de parabenizá-la pelo TCC. Só quem passou por esta etapa da vida sabe o quanto é desgastante.
Quanto ao conceito de liberdade, concordo com você. Ele se mostra bastante relativo, podendo ser uma coisa para mim e outra totalmente diferente para você. E, talvez, essa seja justamente a graça do negócio.
Há quem prefira uma liberdade do tipo Willian Walace, mas gosto do meu jeito de ser livre... Como disse, questão de perspectiva.
Aquele abraço!
http://arfh-arfh.blogspot.com
http://segunda-dose.blogspot.com

JK disse...

Realmente a liberdade de um pode ser a prisão do outro.