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As aventuras de Uma Foca em intercâmbio acadêmico no Chile. Vida errante e aprendante pelo mundo.
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Colo Colo e Universidad de Chile são os dois times com mais torcidas no Chile.
professor me perguntou se eu senti, aí me dei conta de que era mesmo um sismo.
Logo que Camila e eu saímos da estação de metrô, vimos todo o aparato repressivo dos carabineros a postos. Sacamos as máquinas fotográficas e seguimos para a praça Paseo Bulnes, onde a multidão já se aglomerava. Havia uma enorme bandeira do Chile entre os prédios do governo.




Até que, bem perto da gente, um grupo de pessoas com pano preto no rosto e uma bandeira anarquista começou a apedrejar uma fámacia na esquina. Era da Cruz Verde, uma das três redes de farmácias que tramaram a Colusión, um cartel para combinar os preços de vários remédios.

Corremos pra longe do caminhão, mas logo veio outro lançando mais gás, corremos pro outro lado, mas já sentíamos o efeito. Olhos, nariz, boca, garganta, tudo ardendo. O gás é eficiente, a multidão debandou depressa. Quem recebe o jato mais de perto, tem problemas para respirar, enxergar, alguns até desmaiam. Seguimos olhando tudo meio de longe, mas ainda na Paseo Bulnes. O pessoal da imprensa sacou suas máscaras de gás e continuaram a cobertura.

Resolvemos dar a volta por trás para ver o que rolava no La Moneda. Ao sair da Paseo Bulnes, mais resquícios de gás. Uma menina com uniforme de colegial estava no chão desmaiada, os amigos, pedindo ajuda, tentavam reanimá-la. A cena foi chocante, eles pediam ajuda pros carabineros que olhavam impassíveis. Estava tão preocupada com o gás que perdi a foto. Logo os carabineros formaram fila para evacuar a rua e a menina foi reanimada e levada pelos amigos para outro lugar.

Os comerciantes com as portas fechadas reforçavam as entradas. Saímos pela rua dos livros e vimos muita gente chupando limão para aliviar o efeito do gás. Tinha até um vendedor anunciando limões, hehe. Na Alameda mais carabineros. Eles cercaram os quateirões que antecedem o La Moneda. Passamos por eles e vimos o pessoal da imprensa com os caminhões de transmissão e mais carabineros que gente. Ainda voltamos para Paseo Bulnes, mas a manifestação já havia dispersado. Pelo menos 21 presos. Um jornalista ferido. Alguns danos materiais.


Estava caminhando tranquila pela Estacción Central quando me deparei com a seguinte caneca na vitrine de uma loja de souvenirs.
Hoje fui acordada às 6 horas da manhã por uma banda marcial. Demorei a acreditar que não estava sonhando ainda, pois estava meio escuro, mas o barulho chegava cada vez mais perto. Só pode ser na rua, pensei. Peguei a máquina e corri para a varanda.
A Páscoa aqui tá na seca, os chocolates são muito caros em Santiago. Olha só quanto custa a caixa de bombons da Garoto. Isso equivale a uns R$16.
Essa placa está no Bairro Providência, um dos mais bonitos de Santiago. Como dá prá notar pela placa, lá as ruas são limpas, ao contrário da maior parte da cidade.



Esse é um carro da auto-escola. A Belén me disse que na Argentina, as pessoas que querem tirar carteira de motorista tem de treinar e fazer o teste no próprio carro ao contrário do Brasil, onde é obrigatória a matrícula em uma auto-escola e pelo menos 15 horas de aula acompanhada em um carro adequado.
Com o feriadão, as ruas ficaram desertas. Bom para um passeio por las calles. Fui de metro até a Estación Universidad de Chile e comecei meu passeio. Fui sem câmera, para não chamar muita atenção, as fotos ao lado são do celular (dá prá ver pela falta de qualidade, hehe). Subi o Cerro Santa Lucia, um morro de importância histórica, foi dali que Pedro de Valdívia fundou a cidade de Santiago em 12 de fevereiro de 1541.





Bom, eu e todos aqui pensávamos que quinta era feriado, mas não é não. Só a tarifa do ônibus é de feriado. E prá completar tem prova na quinta e mais dois trabalhos prá segunda. Resumindo, prá mim a viagem furou. Mas, deixa estar que no feriado de Iquique aí sim, na quinta, 21 de maio, eu vou para Pucón ver vulcões em atividade de qualquer jeito.