terça-feira, 6 de julho de 2010

Ok, você venceu. Batata frita.

Quem me conhece bem de perto (isso não é muita gente) sabe que quando me enervo a energia extravasa no que está perto de quebrável e, de preferência, não muito caro. No bug que meu computador deu na sexta feira sobrou para o mouse e a parte inferior da escrivaninha. Também quase sobrou para o celular - por sorte eu o atirei em cima da cama e ele afundou nas cobertas e lá ficou.

Mas, com certeza sobrou para quem estava do outro lado da linha, que não tinha nada a ver com a história e queria só comentar que o Brasil tinha saído da copa - na verdade nesse momento eu tava me lixando prá copa como vocês devem imaginar. Era minha mãe. Pô, coisa horrível gritar com qualquer pessoa e quem me conhece menos de perto sabe que eu não grito com as pessoas e nem gosto de falar no telefone. E ainda fui gritar com a mãe, que é mil vezes mais, muito mais feio.

Pô mãe, desculpae, você sabe que eu te amo, e eu não estava brava contigo, estava brava comigo mesma, com o mundo, com a tecnologia que nessas horas só atrapalha. Na verdade foi um azar muito grande ela ter ligado bem naquele momento em que olhei pro meu computador e ele disse: Adeus mundo cruel! E apagou.

Sim, eu estava intratável, mas foi só por uns instantes, porque pelo menos eu tenho um senso de desafio que não me deixa imóvel diante das situações e imediatamente arrumei meu material para ir trabalhar nos computadores da UFSC.

Mas, o fato é que não foi só o computador que me tirou do sério na sexta. Uma das fontes da minha matéria me deu bolo pela segunda vez, sabendo do meu deadline espremidíssimo. Fui pegar a câmera para o fim de semana e o labtele estava trancado, sem técnicos, nem bolsistas, ou seja, sem câmera. Enfim, faltou muito pouco para eu desistir de tudo e mandar tudo à, traduzindo para o "bom" português, merdolândia!

Mas, lá no finzinho sempre tem uma estradinha que vai além da Merdolândia. Normalmente ela é ativada com música ensurdecedora nos meus ouvidos, um hábito que adquiri e me ajuda a pensar melhor. Lá no labinfo da BU, admirando a velocidade das máquinas Linux, comecei a contactar fontes para outra matéria e elas foram me respondendo tão instantaneamente que rapidinho eu já tinha uma nova pauta com entrevistas marcadas para a segunda-feira.

O fim de semana foi lento e eu tive de escrever toda a pauta e os textos à mão. E um amigo da República começou a tarefa de preparar meu computador para a formatação. Confesso que sou conservadora, detesto formatar. Mas, não havia jeito, era isso ou nada. Isso, né? Felizmente que existem amigos assim, senão eu teria de voltar à máquina de escrever. Sentei-me resoluta na tradicional poltrona laranja da sala com minhas pilhas de papéis, editando o possível à mão.

Vou gostar de encerrar esse semestre. Foi o mais cheio de crises até agora. Mas tudo está se encaminhando para o fim agora (uh que frase trágica!). O próximo é o último e, não fosse pela consideração com minha família, eu nem esperava a formatura e ganhava o mundo no dia seguinte à banca do TCC.

E a batata frita do título é só porque depois de tanto enervamento, saí da minha dieta e hoje inaugurei minha primeira enchaqueca pós-dieta. Duds...

Um comentário:

Marília Lila disse...

Tudo dará certo, t'inquiete pas!