quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pescoções e masoquismo

Ah vai, jornalista é masoquista por natureza. No terceiro dia da Semana Estado de Jornalismo, deu prá notar que virar a noite não só é uma tendência natural, como é comum nas redações. E ainda não só é comum como no final todo mundo acha divertido! Vou confessar que fiquei empolgada. Aliás sempre soube que estava na profissão certa: durmo pouco, só trabalho com o que gosto, e mergulho de cabeça no meu trabalho bem por isso.

Hoje a palestra foi com Fabio Sales, diretor de Arte do Grupo Estado. Ele mostrou como foi a evolução em arte e infografia no Grupo Estado e mostrou o novo projeto gráfico do Estadão, explicando como foi o processo. A foto ao lado é da palestra de hoje, no Auditório do Estadão.

No final, eu denovo tava no bolinho dos curiosos e perguntei quantos jornalistas trabalhavam na diagramação e infografia. "Nenhum", ele disse. São todos do desenho industrial, designers, essas áreas da arte. E é uma equipe grande, tipo, uns 30 diagramadores, e mais 30 infografistas. (Mais ou menos, não anotei o número exato)

Assim como os palestrantes dos outros dias, ele também contou suas histórias de "pescoções", o jargão jornalístico para varar a noite fechando jornal.

E todo mundo mete pau no Jornalismo
Pois é. Essa Semana tem sido muito importante para conhecer como acontecem as coisas realmente, não pela visão de quem está de fora, mas pela visão de quem está lá, trabalha na grande imprensa e critica o próprio trabalho, a própria imprensa, o próprio meio, só que COM propriedade e com idéias para melhorar, para construir.

Ao contrário da maioria que critica e nem é jornalista e, muitas vezes, nem sequer conhece um jornalista. Às vezes surpreendo essas pessoas falando mal da imprensa com a seguinte frase: Sim, mas você conhece isso? Você sabe do que está falando? Quando elas se tocam que tão falando besteira pelo menos calam a boca. Senão continuam sua ladainha de acusações sem crédito.

Eles criticam porque é fácil e não precisa inteligência prá isso (e eu já escrevi isso aqui antes). Muito fácil falar mal com base na própria imaginação, quero ver ir lá conhecer como é, conversar com as pessoas que trabalham nisso, entender como funciona.

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