domingo, 14 de junho de 2009

Un día gris

O dia amanheceu cinzento. Parece que de vez em quando chove nessa cidade. Será bom para melhorar a qualidade do ar que desde semana passada está muito ruim. Quizás os santiaguinos não sintam, mas para pessoas acostumadas ao ar puro e limpo do litoral, como eu, respirar é uma tarefa por vezes penosa.

O dia gris só contribui para aumentar a saudade de casa. Parece que todos aqui ficam mais abatidos em dias de chuva. Melancólicos, saudosos, cinzentos. Sempre que isso acontece parece aumentar o tempo que falta para voltar prá casa. Só de birra, os dias parecem largos e dois meses parecem uma eternidade para quem já está no limite da saudade.

Não sei se pela poluição, pelo frio ou friagem, pela saudade ou por tudo isso junto, mas me sinto doente. Como um resfriado. O engraçado é que é muito raro eu ficar doente.

Sem algo de interessante para fazer num domingo cinzento em Santiago, ocupamos a sala e a TV para assistir Capitu. Enfim algo que soa familiar. Os de habla espanhola que chegam não podem entender porque não há legendas e a linguagem não facilita. Mas, podem entender, o dia está cinza para eles também.

Talvez por isso sejam poucos os que aparecem, afinal hoje é domingo, ontem teve balada e os 40 moradores da casa permanecem reclusos em algum lugar. Porque em algum lugar do mundo residem seus pensamentos.

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